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7.8.23

Feminicídio: PM afastado se entregou após três horas de negociação

 

O policial militar preso em flagrante por ter matado a própria companheira negociou por três horas com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) antes de se entregar. O caso ocorreu na manhã deste domingo, no bairro Jangurussu, em Fortaleza.

O Bope conversou com Miqueias do Amaral Barbosa das 7h20min a 10h17min. O agente de segurança é apontado como autor da morte da própria companheira, Francisca Laura Souza Silva. Ele ameaçava tirar a própria vida

Miqueias entrou na PM no fim de 2013 e tinha nove anos de corporação. Ele estava em Licença para Tratamento de Saúde (LTS).

Conforme consta, no registro da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), o pai do PM entrou em contato informando que o filho fazia tratamento psicológico, teve um surto e matou a esposa a tiros.

Conforme uma fonte ouvida pelo O POVO, o policial chegou em casa sob efeito de álcool durante a madrugada e houve discussão entre o casal. A mulher teria desferido um tapa no rosto do indivíduo, que atirou na vítima, que,  mesmo baleada, recebeu outros tiros.

O indivíduo permaneceu sentado ao lado do corpo da mulher. Ao ouvir os tiros, a vizinhança avisou ao pai dele, que chegou e o encontrou sentado junto ao cadáver da companheira. Ele teria ordenado que o pai fosse embora e o homem entrou em contato com a Ciops.

Policiais militares foram acionados para a ocorrência e Miqueias teria atirado contra a viatura. A equipe acionou o Batalhão de Operações Especiais, que chegou ao local e estabeleceu os policiais negociadores, atirador de elite e gerente de crises.

O POVO apurou que durante as negociações o agente de segurança ameaçava tirar a própria vida, mas foi dissuadido pelos negociadores e se entregou. O procedimento foi encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher.

O casal não tinha filhos. Miqueias tem filhos de outro relacionamento. Ainda nas ligações para a Ciops, a família da vítima também entrou em contato informando que o policial estava bêbado e ameaçando Laura e os familiares.

A Polícia Militar apreendeu a arma usada na ação criminosa, uma pistola calibre .40 e as munições, sendo três intactas e oito deflagradas. O casal morava junto há aproximadamente um ano, no Conjunto Ademar Martins, no bairro Jangurussu. Os moradores ouviram pelo menos cinco tiros no local.

Por meio de nota, a Polícia Militar lamentou a morte e afirmou que repudia atos de agentes que vão de encontro com a missão da corporação de servir e proteger a sociedade.

Fonte:O Povo

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